Tratamento de Tumores Cerebrais - Protocolo Banerji
Os EUA e a Índia estabeleceram protocolos de colaboração para a investigação nesta área das Medicinas Alternativas e Complementares. Em 2003, um artigo publicado no International Journal of Oncology chamou a atenção da comunidade das Medicinas Alternativas, de Neuro-oncologistas e pacientes de todo o mundo.
Em Setembro de 1990, o congresso dos EUA pediu ao gabinete de avaliação de tecnologia para rever o status de várias terapias Alternativas e Complementares que estavam a ser utilizadas na altura no tratamento do cancro. No seguimento das suas recomendações, o National Cancer Institute (NCI) decidiu desenvolver algumas estratégias para avaliar o que realmente estava a ser efectuado no campo das Medicinas Alternativas e Complementares e avaliá-las. Um dos seus programas que obteve resultados foi o Best Case Series. Nos anos 90 o Best Case Series foi publicado envolvendo uma análise de retrospectiva e identificação de pacientes que beneficiaram de tratamentos de Medicinas não convencionais. O Best Case Series envolveu uma revisão muito rigorosa das histórias clínicas de pacientes. Um número de terapeutas e clínicos submeteram os seus métodos de tratamento ao NCI. De entre todos, os Banerji sobreviveram a todo o processo de análise e revisão, e subsequentemente foram escolhidos para, patrocinados pelo NCI, realizarem uma serie de ensaios de monitorização. Os EUA e a Índia estabeleceram protocolos de colaboração para a investigação nesta área das Medicinas Alternativas e Complementares. Em 2003, um artigo publicado no International Journal of Oncology chamou a atenção da comunidade das Medicinas Alternativas, de Neuro-oncologistas e pacientes de todo o mundo.
Os remédios homeopáticos são produzidos a partir de extracto de plantas, sais, minerais, venenos, etc. e posteriormente por diluição dos extractos de tinturas mãe ou soluções ou materiais crus por métodos homeopáticos. Estes remédios quando administrados a voluntários saudáveis produzem complexos de sintomas que imitam várias doenças. Estas soluções são diluídas sucessivamente até que a desejada potência seja conseguida. Devido às sucessivas diluições estão isentos de efeitos secundários (quando aplicados segundo as regras da homeopatia) pois ou não contêm matéria ou contêm em doses vestigiais.
A Homeopatia foi fundada pelo alemão Samuel Christian Friedrich Hahnemann, que a desenvolveu entre finais do século XVIII e o século XIX. Ele postulou que “toda a substância medicinal produz no corpo humano um tipo de doença peculiar e quanto mais poderoso é o medicamento, mais marcada e violenta é a doença. Devemos imitar a natureza, que por vezes cura uma doença crónica, fornecendo outra, e aplicar na doença (especialmente as crónicas) que desejamos tratar, esse medicamento que é capaz de produzir outra doença artificial muito similar, e a doença anterior será curada similia similibus”.
Na Homeopatia clássica não existem remédios específicos para qualquer doença classificada pelo seu nome mas para cada caso específico de doença. Esta abordagem ao tratamento de pacientes baseando-se simplesmente em sintomas é basicamente um item essencial em doenças crónicas antigas e muda de paciente para paciente. Uma droga específica não pode ser usada para uma doença específica. Em geral, quando um médico homeopata examina um paciente, apenas alguns medicamentos vêm à memória. Este grupo reduzido de medicamentos exibem sintomas similares quando testados. No final apenas um é seleccionado.
O Método Banerji é um método diferente da homeopatia clássica. Medicamentos específicos são prescritos para doenças específicas. As doenças são diagnosticas usando métodos modernos e actuais, porque ajudam a que os medicamentos específicos sejam prescritos para a doença específica. Ou seja, aplicam a homeopatia não segundo o conceito homeopático mas segundo o conceito doença/medicamento da medicina convencional. Além disso, enquanto na homeopatia clássica se aplica um só medicamento – segundo a lei do mais semelhante – no método Banerji são aplicados frequentemente dois medicamentos, e por vezes em frequentes repetições.
No tratamento de tumores cerebrais são prescritos dois medicamentos homeopáticos, baseados em 30 anos de observações e experiência clínica. Estes medicamentos são a Ruta 6 e a Calcarea phos. Grande percentagem teve regressão e em muitos casos foi completa. Ensaios realizados in vitro e in vivo pelo MD Anderson Cancer Centre da Universidade do Texas, em Houston nos EUA, suportam os resultados de ensaios clínicos.
Este estudo foi publicado em Outubro de 2003 no International Journal of Oncology sob o título “Ruta 6 selectively induces cell death in brain cancer cells but proliferation in normal peripheral blood lymphocytes: A novel treatment for human brain cancer”. De acordo com este estudo, a combinação de Ruta 6 e Calcarea phos favorece o correcto desempenho das células normais e induz a apoptose em células cancerígenas cerebrais. As razões não estão evidentemente esclarecidas mas poderão dever-se a um conjunto de acções. A Ruta tem actividade antioxidante, anti-inflamatória, protege o ADN e previne mutações, enquanto o Calcarea phos induz o Factor de Necrose Tumoral (TNF). Outra possibilidade podia ser a de a Ruta produzir a deamidação (remoção de um grupo amida) da da proteína anti-apoptótica Bcl-xL de células cancerígenas cerebrais mas não de linfócitos B e T normais.
Os autores concluíram ainda que, a combinação Ruta 6 e Calcarea phos tomada oralmente, ou bloqueia a progressão ou regride completamente gliomas cerebrais humanos, com efeitos secundários mínimos ou ausentes e protege as células hematopoiéticas. Sugerem que seja prescrita a pacientes com cancros do cérebro, e gliomas em particular.
Nos ensaios clínicos, com pacientes entre 10 e 65 anos o tempo necessário para regressão completa ou ficar estático variou entre 3 meses e 7 anos. Segundo os Banerji, podem ser necessários alguns anos para regredir completamente, mas geralmente ao fim de 3 a 4 meses de tratamento o tumor está estático ou em regressão.
De entre os tumores, os intracraniais parecem ser os mais sensíveis ou com o protocolo mais afinado, pois em 72% dos casos produz-se remissão ou se detém o crescimento. A seguir apresentam-se alguns exemplos de casos bem documentados.
Pacientes tratados unicamente com o Protocolo Banerji
Mulher, 27 anos, sofre à 4 anos de ataques ocasionais de cefaleias e visão turva (desde 1986). Teve um ataque severo com desmaio em 17 de Dezembro de 1990 e foi consultada em 29 de Dezembro de 1990. Clinicamente apresentava visão turva, dores e fraqueza do lado direito.
Após seguir tratamento de Ruta 6 e Calcarea phos, os problemas de visão melhoram a partir do primeiro mês de tratamento. Progressivamente a visão ficou completamente restabelecida e as dores e fraquezas no braço direito também. Após nova tomografia observou-se que a pacientes estava curada.
Fontes: